terça-feira, 30 de junho de 2009

Mais velas NÃO!!!!!!!!

Há realmente muito bons amigos, num qualquer dia de Fevereiro falei com o L. (um dos meus melhores amigos) e ele disse-me que no dia anterior tinha ido a Fátima e pôs uma vela por mim, que estas coisas não se devem dizer, mas que se calhar era bom para mim sentir-me abençoada, apesar de não ser muito católica.
Confesso que fiquei comovida, porque, apesar de não duvidar nunca da sua amizade por mim, é preciso realmente ser-se muito amigo de alguém para se lembrar, ainda para mais não sendo eu muito católica, de pôr uma vela por mim, é claro que ele sabia que os últimos tempos não tinham sido fáceis, mas desde aí...
Estive grávida e tive que, por motivos médicos, fazer um aborto, o meu filho esteve doente, o meu tio foi operado e passado dois dias cortaram-lhe uma perna, o meu marido esteve doente, cortaram a 2ª perna ao meu tio, o meu filho ficou doente, a minha mãe ficou doente, o meu tio faleceu, um dos meus melhores amigos esteve quase a "bater as botas" com cólica renal e paragem cardíaca, a minha filha esteve doente com febres tão altas que chegou a delirar, o meu patrão fez-me uma proposta de trabalho que no fundo é dar-me um chuto no traseiro, a avó do meu marido foi internada no hospital, (uma velhota saudável, independente até à altura), outro tio meu que já estava internado faleceu, a avó do meu marido faleceu.
Chiça, será que podia ter sido pior?!!! Podia, eu sei!!! Mas ao fim de ter tido quase 3 anos atribulados quando alguém nos diz que foi ao Santuário máximo da Igreja Cristã e pôs lá uma velinha por nós, queremos acreditar que tudo vai melhorar!!!

Já não há amores assim

Adoro de paixão os meus filhos, não consigo imaginar nada nem ninguém mais importante ou que eu possa amar mais, mas lembrei-me ao dizer isto à F. (colega de trabalho), que o meu pai contava que o meu avô paterno dizia que gostava muito dos filhos mas que ainda gostava mais da mulher, e responde a F.: “Já não há amores assim!!!”

segunda-feira, 29 de junho de 2009

1ª Comunhão

“Primeira comunhão é uma celebração, cerimónia religiosa de algumas denominações cristãs, nomeadamente da Igreja Católica Romana, em que os cristãos participantes desta cerimónia recebem pela primeira vez o Corpo e Sangue de Cristo sob a forma de pão e vinho, respectivamente (hóstia). Esta celebração também se chama de "Primeira Eucaristia" visto que os participantes recebem pela primeira vez o sacramento de Eucaristia. Após esta cerimónia, eles passam a poder receber a Eucaristia, uma das celebrações centrais da Igreja Cristã. Normalmente, antes de os cristãos receberem a Primeira Comunhão, eles têm que saber e compreender alguns princípios e conhecimentos fundamentais da Igreja, nomeadamente os 10 Mandamentos, também os mandamentos da Madre Igreja, as principais orações, os 7 sacramentos, e têm que saber responder, entre outras, às seguintes questões: "Quem é Deus?" e "Quem é Jesus Cristo?". Para se realizar este rito religioso é necessário que o catequizando faça a confissão dos pecados particularmente com o sacerdote, o que irá se repetir sempre que, o já catequizado, peque gravemente, para assim tornar a receber a Sagrada Eucaristia.”
Este fim-de-semana fui convidada para assistir à 1ª comunhão da filha de uns dos meus melhores amigos.
Senti-me honrada pelo convite, porque adoro aquela miúda que tem apenas 3 semanas de diferença da minha filha e porque sei o significado daquela cerimónia para toda a família.
No entanto e, apesar de ser casada pela igreja e de ter baptizado os meus filhos, e de achar que da doutrina católica só possamos retirar bons ensinamentos, não consigo acreditar, ver, a igreja conforme ela é “pregada” pela maioria dos padres.
Tal como para todos os ensinamentos existirão bons e maus professores, este não seria, na minha humilde opinião, um dos bons professores.
Dizia o padre, antes do começo da cerimónia propriamente dita, que as criancinhas presentes, que não os catequizandos, deviam tirar as pastilhas elásticas da boca, porque estavam na Casa de Deus, caso os paizinhos se tivessem distraído e esquecido de lhas tirar. Porquê?! Que se tenha regras de conduta e não se pusessem para ali as criancinhas a fazer balões tudo bem, mas que na casa de Deus não se pode ter pastilhas na boca?!!!
Mas houve pior, profetizou o mesmo padre que aquele era um dia muito especial para todas as crianças que faziam a 1ª comunhão, tudo bem, é como o dia do baptizado, de um casamento pela igreja, de um qualquer dia especial na vida de qualquer um de nós, o que eu não concordo é que ele diga que a partir daquele dia Jesus Cristo entrou no coração daquelas crianças. Então e das outras crianças?!!!
Não é suposto Jesus/Deus, estar em todo o lado e olhar por cada um de nós como seu irmão, como seu filho?!!! Que dissesse ele que aqueles, os catequizandos, teriam aprendido mais que os outros que não tinham feito ainda a catequese tudo bem, pois tanto não pode saber o aluno que falta às aulas como aquele que assiste a elas, mas que os meus filhos são menos para Eles só porque não fizeram a 1ª comunhão, isso não posso aceitar!!! Não quer Deus que sejamos todos iguais, que nos ajudemos, que sejamos bons uns para os outros?
Então como é que, pela palavra daquele padre, "professor da doutrina cristã", a própria igreja estabelece diferentes categorias de pessoas?!!!
Mas mais poderes tem o facto de se realizar a 1ª comunhão, quis o dito padre que as crianças na sua maioria de 8/9 anos tivessem bem a consciência que a partir daquela altura não podiam mais mentir aos pais, desobedecer-lhes, fazer birras, ser más para as outras crianças, entre outras coisas, ou seja, as crianças que façam a 1ª comunhão a partir daquele momento deixam de ser crianças!!! Felizes então as crianças que não façam a 1ª comunhão porque para elas a vida continua a ser de crianças e não carregam nos seus ombros tão grande responsabilidade, demasiado pesada para aqueles pequenos seres.
Sim, há padres e padres, professores e professores, há um ano atrás fui madrinha de casamento, pela igreja, de um cunhado meu e o meu filho, na altura com apenas 4 anos acabados de fazer, pouco depois de ter começado a cerimónia já estava completamente saturado, fugiu de ao pé de nós, passeou-se pela passadeira vermelha, brincou com cartas, não fez barulho, mas não o consegui prender ao pé de mim. Quando o chamei o padre respondeu: “ Deixe-o estar ele é uma criança e actua como tal e tem que se sentir bem na casa de Deus, só é preciso que não se aleije e que não saia da igreja mas eu vou-o controlando-o daqui”, a criança não incomodou mais a cerimónia e de certeza que se sentiu muito mais feliz naquela igreja, do que se entre birras e afins tivesse sido obrigado a ficar ali quieto, ou até convidado a sair com os seus pais como aconteceu a uma prima minha com um bebé de meses que no meu próprio casamento o padre convidou a mãe a ir para outra sala porque o bebé começou a choramingar.
Mas a gentileza deste padre não ficou por aí, na inocência dos seus 4 anos foi pedir ao padre também uma hóstia quando este a distribuía aos fiéis, o padre respondeu-lhe: “Destas não te posso dar porque estão benzidas mas já te dou outras.” No fim da distribuição das hóstias benzidas o padre foi lá dentro e voltou com outras hóstias e deu não só a ele mas às outras 3 crianças que ali se encontravam juntas por irem dar as alianças.
Houvesse mais padres como estes e as igrejas estariam cheias, quem escolheria ter aulas com "maus" professores quando poderia escolher os bons, quais seriam os alunos que escolheriam um professor que esnobasse os alunos que tivessem menos conhecimento dizendo que os outros é que seriam superiores?!!! Que vontade tenho eu de ir a uma missa dada por um padre que diz que os meus filhos não são tão dignos como os outros?!!!
De qualquer maneira Muitos Parabéns C. por teres feito a 1ª comunhão e obrigado por nos, a mim e família, teres deixado partilhar este dia contigo, foi uma Honra para nós estarmos presentes, principalmente por sabermos a importância que este dia tem para ti e família e, desejo-te, agora e para sempre, as maiores Felicidades do Mundo e, como Boa Miúda que és, (agora portadora de mais "sabiência" e principíos), espero que continues a ser, sempre, uma das melhores amigas da minha filha!!!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"O que não podemos controlar devemos deixar nas mãos de Deus..."

Nas mãos de Deus, do amanhã, do futuro, da esperança, eu sei lá...
Será que está escrito em algum lado como vai ser o nosso futuro? O que vamos ter ou não? O que vamos perder ou achar?
Confesso que não sou crente, mas que, às vezes, utilizo a frase: "Se existes...", seria tão bom ter mais fé, acreditar que alguém olha por nós e nos apoia e protege, confesso que, às vezes, gostava de sentir uma rede que me apoiasse se caísse, confesso que, às vezes, me apetecia entrar numa igreja e pedir ajuda e crer que as coisas más se íam embora e, que haveria uma razão para terem acontecido e, que viriam coisas boas!
Confesso, que tudo isso seria bom e, por isso, gosto de conversar com pessoas crentes, mas que saibam o que dizem, acho que espero, que um dia destes, alguém me consiga converter e, pela primeira vez, eu me sinta amparada quando as coisas más se sucedem em catadupa e, que saiba "agradecer", cada vez que me acontecer uma coisa boa.
Por enquanto, vou dizendo: "Se existes...se existes, obrigado por os meus filhos estarem bem, obrigado por os outros que me são mais próximos estarem bem, se existes, ajuda-me a realizar o sonho que agora mais queria ver realizado, já sofri muito, acho que mereço...se existes, olha essencialmente por todas as crianças e porque é que não evitaste que aquele pai na sexta-feira passada matasse a sua filha?!!!"
"Se existes..."
Se, eu tivesse a certeza que existes, haveria tanto para perceber de ti ou contigo...

Todos tão diferentes...

Não de aspecto físico, nem de extracto social, nem de idade, falo de pessoas que se cruzam no dia-a-dia, dentro da faixa etária dos 30 - 40 e muitos.
Conheço gente tão variada como:
- Solteiros, no aspecto de estarem a viver sozinhos, frustrados, solteiros por convicção, dizem eles, casados, ou seja, todas as pessoas que não vivem sozinhas, que, apesar de todas as tropelias da vida e dos anos juntos, ainda se deitam felizes por se terem um ao outro, casados que preferiam não estar, casais, em que a relação que aparentam é tão dúbia, que se chega a duvidar se funcionam como casal e alguns casados muito insatisfeitos mas que, ainda nada lhes deu força para o deixarem de ser.
- Pais que preferiam não o ser, pais que queriam ser pais outra vez e que por algum motivo não conseguem, pais que só queriam repetir a dose se pudessem escolher o sexo do bebé (e já agora porque não a cor do olhos e a forma das orelhas?!!!). Conheço pais muito carinhosos que "invejo" a sua capacidade de estarem sempre presentes e atentos às necessidades ou, simplesmente, desejos dos filhos, pais que amam muito os seus filhos mas que rapidamente perdem a cabeça e falam mais alto, pais que quando os filhos se aleijam não correm a dar beijinhos e carinhos porque acham que assim fazem-se mais fortes mais depressa.
- Pessoas crentes em Deus, alguns até demais, pessoas ateias que acham que se ele existisse não haveria tanta desgraça na terra e pessoas que têm as suas dúvidas.
- Pessoas muito realizadas na sua vida profissional, pessoas que à falta de melhor estão bem assim e pessoas completamente frustradas nesse campo.
- Pessoas que estão bem com a vida, são serenas e por isso nada é um cavalo de batalha para elas, aceitam bem aquilo que a vida lhes dá, pessoas muito insatisfeitas com tudo e que por isso dizem que têm mau feitio, são comparáveis a tempestades tropicais, podem estar muito bem e de repente um mínimo pormenor faz despoletar uma tempestade.
- Pessoas que adoram animais e pessoas que detestam animais.
Estes são apenas alguns exemplos de como a sociedade é mesmo multicor, multicor de princípios, crenças e objectivos, não necessariamente de raças diferentes e, de como podemos estar bem de uma maneira completamente diferente do nosso vizinho da frente ou do lado, pessoas que vivem ali mesmo ao pé de nós, aliás, nós próprios, somos o resultado dessa sociedade e da interacção entre todos nós deriva a nossa evolução que nos faz ir mudando de opinião em relação a muitos assuntos ao longo da nossa vida, (aí dos pobres de espírito que dizem que se pudessem voltar atrás nada mudariam na sua vida, porque esses nada aprenderam durante o tempo que viveram!!!).
Já agora, será que vale a pena pensar nisso?!!!

terça-feira, 23 de junho de 2009

E agora...

E agora que faço?!!!
A minha bébé já não é bébé, já tem quase 9 aninhos, já tem pelinhos e maminhas e quer-se vestir sexy.
Até já me disse que era uma dread, ía tendo um ataque quando vi na internet a definição: "O Dreadlock é uma forma de se manter os cabelos que se tornou mundialmente famosa com o movimento rastafari, consiste em bolos cilíndricos de cabelo que aparentam "cordas" pendendo do topo da cabeça. Os dreadlocks também podem ser chamados de Locks, ou simplesmente Dreads.", mas acho, espero, que ela só queria dizer um look um pouco despenteada.
Já quis ser professora mas há pouco tempo mudou de profissão, agora quer ser cantora, (gosta de profissões fáceis esta minha filha!!!).
Tinha pavor de animais, principalmente de cães, mas desde que tem a "Páscoa" tem vindo a melhorar bastante.
Tem dias que é uma querida para o irmão, mais novo que ela, e diz que é irmã dos coleguinhas da sala dele, pois quando os vê distribui sorrisos, olás e até cócegas.
A minha menina é uma meiga rebelde e é linda, é morena de olhos castanhos muito escuros e faz umas covinhas lindas quando sorri, acha que o irmão é mais bonito que ela porque é loiro, de olhos azuis, não tem consciência da sua beleza. Ainda!!!!
Tem já uma paixão há uns 2/3 anos pelo mesmo coleguinha e até já lhe pediu namoro, mas o "safado" disse que não. Como se atreve?!!!!
A minha menina já sofreu um grande trauma e está a conseguir superá-lo, é uma verdadeira Leoa.
É o meu orgulho mas assusta-me que esteja a crescer tão depressa...

Mensagem de Parabéns para o A....

" Um beijinhos de Parabéns para o meu lagartinho preferido." - amigo L. 02.06.2009 - 22h21

O meu menino já tem 5 anos

Ás vezes basta tão pouco para nos sentirmos felizes, basta pensar que o meu menino já tem 5 anos, que é perfeitinho, que é saudável, (ou pelo menos foi até aqui e espero que continue a ser), que é feliz, que anda numa escolinha e parece estar bem integrado, que tem amigos e até já tem aqueles amigos de quem gosta menos, que já tem crises existenciais e responde às vezes que está a pensar na vida…
Hoje, estou feliz simplesmente porque ele existe e, estou duplamente feliz, porque ele tem a felicidade de ter uma irmã.

Projectos de gente grande...

Já pensaram em como as crianças são projectos de gente grande?
Com 4 /5 anos já têm as suas opiniões sobre tudo o que os rodeia, (dentro do que o seu entendimento os deixa conhecer da vida, claro), já têem os seus amigos e os seus menos amigos, (acho que ainda não conhecem inimigos), têm os seus gostos alimentares, (é incrivel como sabem a diferença, por exemplo, entre um sumo de laranja ou ananás), têm os seus gostos a nível de entretenimento, uns preferem jogar à bola, outros ficar de lado a brincar com um(a) amigo (a) especial...
E nós pensamos: "Quando foi que esta "caganita" se deu conta de que existe e do que "quer" da vida?!!!"
Depois, habituamo-nos a que sejam seres individuais, com quereres próprios, que mudem de amigos e de "profissões" a serem no futuro, que nos façam "frente" e que nos chamem de "cotas", habituamo-nos a andar ao serviço de Vossas Excelências e a levá-los, enquanto ainda não somos dispensados, aos seus acontecimentos sociais, habituamo-nos a que diariamente sejam um pouco mais eles e menos nós.
E, no fim de contas, quando pensávamos que já sabiamos tudo da vida, a verdade é que, todos os dias, eles nos obrigam a aprender mais alguma coisa!!!
Vivam os filhos!!! Esses projectos de gente grande que, tal como nós, quando pensarem que já sabem tudo e tiverem um mundo de certezas, ainda terão tanta coisa para aprender nem que seja com outros projectinhos de gente grande...

O Planeta da Mãe

O planeta de qualquer mãe (que se preze) são, sem dúvida, os seus filhos.
Desde que nascem eles passam a ser o nosso Planeta Terra e nós o seu sol, eles giram à nossa volta, nós iluminamos-os, confortamos-os e eles dependem de nós mas também nós passamos a depender deles, a depender dos seus humores, das suas horas, da sua vida...
Mas para que serviria o Planeta Sol se não tivesse à sua volta os planetinhas Terra?!!!!