Deste ar de arrebitada de quem não leva desaforos para casa (e às vezes não levo mesmo) na verdade o que sou é uma ingénua.
Ao longo destes anos todos tenho acreditado nos elogios dos pais às suas próprias crias acreditando que são mesmo todos melhor estudantes que os meus (excepto em relação ao Pedro ninguém compara os filhos ao Pedro, às vezes até fico sem jeito e por modéstia calo-me quando os outros pais falam das dificuldades dos seus filhotes) mas depois na prática:
- a Filipa, dos filhos dos amigos da idade dela é das duas que estão no ano certo a nível de estudos (a Catarina Pereira ainda está a acabar o 12º ano, o Renato também, embora a Mãe nunca tenha escondido as suas dificuldades, a Catarina Preto só entrou na 2ª fase em Direito);
- o Gonçalo Preto que devia este ano passar para o 12º ano e que era vendido como tão bom aluno que sendo mal empregue em determinada turma, a Directora da escola, por iniciativa própria mudou-o de turma (não sei se passou este ano mas sei que a passar passou para o 11º ano porque o ano passado repetiu o 10º ano mas num curso diferente porque tinha notas muito baixas e segundo o Pai este ano continuava na mesma);
- até agora o António foi o que teve das melhores notas no exames (o Fábio que também teve 4-4, a Português, que a Mãe dizia que não tinha 4 por embirração da Professora, teve menos percentagem que o António, o Diogo, que a mãe diz que é Muito Bom aluno, teve 3 -3, e a Mãe até me disse que ele não fez o último exercício de Matemática porque a caneta falhou, pois o António também não fez mas disse-me logo que foi por ser um exercício difícil que não percebeu).
Pois é, os elogios são bons, tapam o sol com a peneira mas depois na prática é que se vê...
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