À hora de jantar falávamos da escola, do quase chumbo do António e, o António, sai-se com queria era ir trabalhar e desistir da escola e outras barbaridades e, eu a começar de ferver, já estávamos a levantar a mesa e a conversa continuava e eu, que tinha o carregador do telemóvel na mão, dei-lhe no braço com o fio, sei que o aleijei e ele ficou furioso comigo e ainda lhe dei com a mão no ombro porque, conforme eu falava com ele, ele respondia-me com "Ok"...
Eles, às vezes, fazem-nos ficar cegos de raiva (o que eu começo a sentir é que faço tanto por eles, esmifrei-me tanto á procura de explicações, conselhos, um norte, uma palavra amiga, que depois sentimos que o pouco que nos dão é mesmo muito pouco em troca... Eu sei que se diz que de tudo o que fazemos pelos filhos não se deve esperar uma contrapartida mas nem sempre nos conseguimos sentir assim)...
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